Encontramos com facilidade da Aldeia Irmã Terra
Espécie endêmica do Brasil.
Ave símbolo da Mata Atlântica. Uma das mais espetaculares
aves do mundo. O tiê-sangue (Ramphocelus bresilius), também conhecido
como sangue-de-boi, tiê-fogo, chau-baêta e tapiranga, é uma ave sul-americana passeriforme da
família Thraupidae.
Reconhecida pela beleza de sua plumagem vermelha.
A plumagem do macho é de um vermelho-vivo, que lhe deu
origem ao nome. Parte das asas e da cauda são pretas. A espécie apresenta
dimorfismo sexual, sendo a plumagem da fêmea menos vistosa, de cor parda nas
partes superiores e marrom-avermelhada nas inferiores.
O macho imaturo é semelhante à fêmea na plumagem mas o bico
é totalmente negro e não pardo. Uma característica importante do gênero Ramphocelus,
e que ocorre exclusivamente no sexo masculino, é a calosidade branca reluzente
na base da mandíbula.
Apesar da beleza da plumagem, essa espécie não é considerada
entre as que possuem canto mais bonito. A vocalização de chamada (ou
advertência) é muito dura. O canto é um gorjear melodioso e trissilábico, que
costuma ser repetido sem pressa. Às vezes, alguns indivíduos vocalizam juntos.
Pesa cerca de 31 gramas e mede 19 centímetros de
comprimento.
O tiê-sangue é frugívoro, tendo predileção pelos frutos da
embaúba. Como as árvores do gênero Cecropia são bastante
comuns em áreas em recuperação, bem como em locais próximos a cursos ou
reservas de água, o tiê-sangue, apesar de não raro ser vítima de contrabando,
não encontra-se imediatamente ameaçado de extinção.
Alimenta-se também de insetos e vermes. Um fator que
beneficiou a manutenção da população do tiê-sangue e de outros thraupídeos no
litoral do Sudeste, foi o da extensiva cultura da banana, que fornece uma rica
fonte de alimentação durante todo o ano, a um grande número de espécies.
Aprecia os frutos da fruta-de-sabiá ou marianeira (Acnistus
arborescens)
Reproduz na primavera e no verão. Chega à maturidade sexual
aos 12 meses. Mas a soberba plumagem rubro-negra do macho só é adquirida no
segundo ano de vida. Constrói o ninho em forma de cesto e muitas vezes é
forrado com materiais do tipo: fibra de palmeira, fibra de sisal, fibra de côco
e raiz de capim. A fêmea põe 2 ou 3 ovos verde-azulados lustrosos, com pintas
pretas, pesando em média 3 gramas. Apenas a fêmea incuba, no entanto após o
nascimento dos filhotes, vários indivíduos alimentam a prole, inclusive machos.
Seus ninhos costumam ser parasitados pela espécie vira-bosta (Molothrus
bonariensis). As posturas ocorrem de duas a três vezes por temporada com
período de incubação de 13 dias, os filhotes tornam-se independentes
aproximadamente 35 dias após o nascimento.
Durante o acasalamento os machos costumam levantar a cabeça
verticalmente, exibindo ao máximo a base reluzente da mandíbula para assim
atrair a fêmea.
Seu comportamento é semelhante ao da pipira-vermelha (Ramphocelus
carbo), porém vive mais aos pares do que em pequenos grupos. Costuma
frequentar comedouros.
Varia de incomum a localmente comum em capoeiras baixas,
bordas de florestas, restingas e plantações, às vezes também em parques e
praças de cidades.
Encontrado exclusivamente no Brasil, da Paraíba a Santa
Catarina. Varia de incomum a localmente comum em capoeiras baixas, bordas de
florestas, restingas e plantações, às vezes também em parques e praças de
cidades. Existem duas sub-espécies: R. b. bresilius e R.
b. dorsalis. A primeira ocorre da Paraíba ao sul da Bahia. A segunda
apresenta a plumagem do dorso mais escura e ocorre do sul da Bahia a Santa
Catarina. Pela ampla área de distribuição e quantidade de indivíduos
registrados, essa espécie é considerada como Pouco Preocupante (LC) de
extinção na natureza.
Conteúdo retirado do site: http://www.wikiaves.com.br/tie-sangue
Foto: Aldeia Irmã Terra