Nos últimos anos, tem crescido o desejo de se encontrar um meio de vida
mais natural.
Muitas pessoas anseiam por uma volta aos tempos em que havia um
relacionamento mais saudável entre o homem, os animais e as plantas, uma vez
que estão se decepcionando cada vez mais com os métodos modernos de cultivo.
Esta reação pode ser um
despertar de nossos instintos primitivos reprimidos há tanto tempo. Nascemos
para coexistir com as outras vidas deste planeta, e existem implicações
esotéricas a essa tendência de nos voltarmos cada vez mais ais nossos jardins e
ás nossas hortas, a fim de cultivarmos alimentos naturais de forma natural.
Mas, realmente, precisamos ferir a terra dispondo-a em linhas retas
para alcançarmos os resultados que queremos?
Por que não deixamos que a natureza se encarregue disso? Se você
esquecer as ervas daninhas e simplesmente deixar a terra sem cultivo, na
primavera seguinte encontrará uma variedade de plantas que gostam do seu solo e
de você. Dos milhões de sementes espalhadas pelo vento, aquelas que caírem e
germinarem em seu jardim serão exatamente as que possuem as mesmas vibrações do
lugar em que você vice – e as sua próprias vibrações. O solo, a água, o ar, os
animais, as plantas, e os seres humanos,
que possuem uma afinidade quanto á natureza, se encontrarão e formarão uma
comunidade que será autossuficiente, se alimentará e se renovará por si
própria.
Seu jardim é o seu espelho. Nele você pode ver a sua própria
configuração. Se, por exemplo, ele estiver repleto de margaridas, gramíneas e
azedas, isto significa que o seu solo é ácido e que o seu sangue talvez tenha
uma tendência á acidez. Estas plantas neutralizarão o solo através da
introdução da greda. As plantas são grandes alquimistas; elas produzem as
substâncias que o solo, em que elas crescem, não contém. Ao ingerir estas
plantas ) ou seja, ao ferver o rizoma da gramínea como chá ou ao decorar a
salada com as margaridas) pode-se neutralizar a acidez do sangue e assim evitar
a ciática, o lumbago e o reumatismo.
Portanto, a natureza cuida de nós. Mesmo antes de sabermos que estamos
doentes, a erva medicinal apropriada estará crescendo em nossos jardim – se não a arrancarmos!
É o nosso orgulho que estraga tudo. O paraíso nos rodeia, esperando
para ser recriado. Mas somos todos Adôes e Evas
irresponsáveis. Achamos que a
natureza é incapaz e que nós podemos melhorá-la.
E, então, criamos campos artificiais de uma única colheita, que atraem enxames
de insetos, ou cultivamos gramados imaculados com muito trabalho e máquinas
caríssimas, porém sem um dente-de-leão.
E quando todo o exaustivo
trabalho estiver terminado, sentaremos no terraço e examinaremos nossa obra,
atacados por cálculos biliares que os dentes- de – leão poderiam ter evitado.
Talvez um dia a Terra volte a ser outra vez o paraíso original que era
- quando aprendermos a aplicar o
conhecimento profundo das plantas em nossas vidas.
“ Olhai os lírios do campo como
eles crescem: não trabalham nem fiam; e eu vos digo que nem mesmo Salomão, em
toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.”
Do Livro A Magia das Plantas – Mellie Uldert
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