domingo, 1 de setembro de 2013

Bromélias




Bromélia no Cedro

Bromélias

Exuberantes, resistentes, de fácil cultivo e com a vantagem de não atraírem os mosquitos da dengue, com grande poder de adaptação e resistência. Com mais de 3,2 mil espécies, sendo cerca de 43% nativas do Brasil e distribuídas em territórios como Floresta Amazônica, Mata Atlântica, caatinga, campos de altitude e restingas, a família Bromeliacea caracteriza-se pelo agrupamento de folhas em forma de roseta.
O que torna a bromélia tão resistente e de fácil adaptação a ambientes desfavoráveis é o seu sistema de absorção de água e nutrientes, que ocorre através das folhas recobertas por escamas e, em algumas espécies, nas rosetas (formação definida pelo arranjo das folhas) que armazenam água. "Esse sistema é de suma importância para sua sobrevivência e a de diversos outros microrganismos que ali procriam".

Tipos de bromélias
A maioria de Bromeliacea sobrevive apoiada em outras plantas, com o intuito de obter mais luz e mais ventilação. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, esses vegetais não são parasitas, e, sim, plantas epífitas, "encontradas em árvores, galhos secos e até em fios elétricos". "As epífitas não necessitam de substrato e podem ser fixadas diretamente em troncos ou em placas de fibra de coco etc.".
Desprovidas de "tanques", as bromélias terrestres são cultivadas diretamente na terra, de preferência de fácil drenagem, seja em vasos ou no solo. 
Outro tipo são as rupícolas, que vivem em frestas de rochas ou ficam fixas nas pedras, mas também podem ser plantadas em vasos.

Bromélias e o ecossistema
Em estudo realizado pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), a partir de 2005, foram registradas cerca de 300 espécies de animais (especialmente insetos) associadas às bromélias da Mata Atlântica, o que mostra sua importância na manutenção da fauna do bioma do qual essa família faz parte. Na pesquisa, uma das frentes preocupa-se em identificar os tipos de insetos que frequentam a água contida nos tanques das bromélias, especialmente quando se trata de mosquitos.  
No entanto, as bromélias lideram a lista de espécies ameaçadas da Mata Atlântica, devido à coleta indiscriminada. Por isso, antes de pensar em um jardim com bromélias, certifique-se sobre a sua procedência. Para ajudar a evitar a extinção, compre apenas exemplares cultivados em viveiros. 
Segundo o entomologista do Instituto Osvaldo Cruz, Rafael Freitas, o Aeds tem hábitos oportunistas, ou seja coloca ovos em qualquer reservatório com pouca matéria orgânica. Conforme mostra uma pesquisa realizada pela em parceria com a Fiocruz, em ambientes urbanos as larvas podem ser encontradas nas bromélias, mas em quantidades ínfimas, o que faz das plantas ambientes inócuos.



Plantas Epífitas


Epífitas, nome científico epitus ormoscatis, são, por etimologia, plantas sobre plantas, ou seja, plantas que vivem sobre outras plantas.
O epifitismo é algo comum nas florestas tropicais, onde a competição por luz e espaço não permite que plantas herbáceas prosperem sobre o solo. Desta forma, certas espécies que conseguiam germinar sobre a casca das árvores, acima do nível do solo, foram selecionadas, e hoje encontram-se milhares de espécies com hábito epifítico.
São tipos de vegetais que não enraízam no solo, fixam-se em outras árvores ou em objetos elevados; rochastelhasconstruções; etc; tem porte discreto, se fixam nos tecidos superficiais dos troncos e galhos para receber luz solar e umidade com mais facilidade do que diretamente no solo. Dispõem de sistemas específicos para absorver umidade do ar e extrair sua alimentação mineral da poeira que recai sobre si; necessitam de grande quantidade de umidade e de luz.
Em geral, as epífitas vicejam sobre o tronco das árvores e dispoem de raízes superficiais que se espalham pela casca e absorvem a matéria orgânica em decomposição disponível. Muitas vezes, as raízes são acompanhadas por um fungo microscópico conhecido como micorriza, que se encarrega de transformar a matéria orgânica morta em sais minerais, facilitando a sua absorção pela planta. Por vezes, o epífito não absorve matéria prima da superfície da árvore ou arbusto, e suas raízes podem ser atrofiadas ou ausentes, de modo que o epífito utiliza seu hospedeiro apenas como suporte para alcançar seu ambiente ideal nos estratos da floresta.
As epífitas jamais buscam alimento nos organismos hospedeiros. Suas raízes superficiais não absorvem a seiva da planta hospedeira, não há qualquer relação de parasitismo. Ou seja, a presença de epífitas não prejudica a árvore ou arbusto onde elas vegetam.
A incidência de espécies epífitas diminui à medida que se aumenta a distância para a Linha do Equador, ou afasta-se das florestas úmidas para áreas mais secas.
Alguns exemplos de epífitas são as polipodiáceas (fetos ou samambaias); cactáceas (flor-de-maio); as bromeliáceas (bromélias ou gravatás); as orquidáceas (orquídeas).
Espécies epífitas são particularmente comuns entre as BryophytaPteridophytaOrchidaceaeGesneriaceaeBegoniaceaeBromeliaceae e Araceae. Há também certas algas verdes que vivem sobre árvores em terra firme.

Bromélia.
No caso das bromélias, existem as epífitas e as não epífitas, todas têm seu cálice em forma de rosa no ponto onde as folhas se juntam, chamada de disposição rosácea; este mecanismo faz com que recebam água da chuva, poeira e pequenos insetos mortos, que decompostos pela água e misturados à poeira serão aproveitados em sua nutrição.

Orquídea.
As orquídeas tem cerca de 800 gêneros e quase 35.000 espécies já catalogadas e aproximadamente 5.000 em processo de catalogação até 2004, estão presentes em todos os continentes, menos nas áreas polares, têm as raízes revestidas com uma espécie de velame, este é um tecido formado por células mortas que atuam como uma esponja absorvendo a umidade e nutrientes.

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